Sunday, March 18, 2007

Histórias (reais) da minha vida 2

"É tudo uma questão de perspectiva"

Caros amigos,
Venho mais uma vez brindar-vos com mais umas crónicas reais desta minha (in)existência. Mais uma vez as pessoas gostam de expandir os seus critérios de honestidade comigo de forma preocupante.

Mas hoje, caros leitores do blog do lunático e amigos, tenho um brinde para vós. Não só trago uma história real, como também vou oferecer outra história de brinde. Zarammmm.

Comecemos pela mais longa.
Esta história envolve um jovem que já conheço há largos anos, mas para proteger a sua identidade vamos chamar-lhe Manekas, e posso-vos garantir que à pala deste jovem outras crónicas reais voçês irão ter acesso aqui pela mão do Carrasco.

O nosso amigo Manekas, finalista do curso de gestão, decidiu começar a fazer pela vida e enviou currículos por diversas instituições privadas no sector financeiro/económico. Aqui o héroi foi chamado para uma entrevista numa instituição bancária em actual expansão.

Chamado para a entrevista, a psicóloga começa a fazer as perguntas habituais nestas entrevistas. Aqui começa o caricato.
Psicóloga pergunta: " Então diga-me lá se já teve e quais foram as experiências anteriores profissionais."
(Maneka fica entalado, porque enfim é a sua primeira entrevista de emprego, mas lembra-se de algo para se desenrascar)
Manekas: "Experiência profissional não tenho, mas já tive uma banda de garagem e dei alguns concertos"
(Primeiro torpedo atinge alvo e fragata ao fundo, pena é que esta seja pertencente ao amigo Manekas)
Imagino neste ponto a psicóloga de boca aberta e a ter um curto circuito cerebral. Destas respostas deve ter ouvido pouco, espero eu....mas a entrevista continua. Próxima pergunta vem já a seguir.
Psicóloga: "Mas então porque é que quer trabalhar connosco? Porque mandou o seu currículo para nós?"
Manekas: " Bem é assim.....eu no fundo nem queria trabalhar em bancos, mas como a situação está tão má que eu já estou por tudo e faço aquilo que me aparecer disponível"
(Segundo torpedo atinge o alvo e esquadra vai toda ao fundo...pena que a esquadra seja do héroi da história)

Penso que agora nesta pausa se pede uma análise desta entrevista. Quando a psicológa pergunta se havia experiência anterior, no fundo queria saber se essa pessoa tinha iniciativa de procuar emprego e a resposta disse-lhe que a pessoa não tinha emprego anterior mas já tinha estado envolvido num meio propício ao abuso de alcóol e substâncias controladas e proibidas. Ideal para pôr muito dinheiro nas mãos.
Na segunda pergunta, o que se pedia era que se enchesse o banco em questão de elogios, se dissesse que era instituição de credibilidade e futuro até transbordar. No entanto o que a psicóloga ouviu foi que aquele local de emprego era a última tentativa de ganhar dinheiro de forma legal. Ou era aquele banco ou era dar o cú, embora por enquanto o banco estava ligeiramente acima de ir vender a peidola por 5 euros a enrabadela.
No fundo a estratégia usada foi, o que podemos apelidar de, honestidade napalm. É uma estratégia que se baseia na honestidade total de forma a que o empregador não tenha qualquer tipo de desconfianças.
Acho que não surpreendo ninguém se disser que o jovem não foi seleccionado.

Passemos à 2ª história, interessante mas não tão boa como a primeira.
Aqui o carrasco estava no ginásio metido na sua vidinha (sim vou ao ginásio e sou um autêntico macho alfa) e havia lá um rapaz que trabalhava na recepção.
O carrasco como é rapaz cheio de simpatia perguntou ao jovem se só fazia aquilo ou tinha outro emprego ou estudava. Este rapaz disse que aquele era só um emprego de transição e tinha aí uma cunha das boas para trabalhar na câmara.

Sendo eu um megalómano, pensei logo bem este tipo vai para assessor de vereador ou algum lugar assim jeitoso.
Perguntei logo ao receptionista qual era esse lugar para qual se tinha puxado uma cunha tão boa.
Resposta: " Ah, é para coveiro".
Carrasco responde com "pois" seco e muda de assunto.

Análise: No fundo ser coveiro até nem é muito mau. Trabalho ao ar livre, conheces gente nova todos os dias que até podem estar mortos mas isso são pequenos pormenores e o stress no trabalho é minímo.

Bem mais uns episódios da vida (bastante previsível) aqui do Carrasco.
Sei que o post é longo...mas se não gostaram...azar...ponham manteiga de amendoin no cú e vão para o Zoo e chamem o Rino para vos dar umas lambidelas (ou cornadas para quem gosta de rough sex).

"Cada um luta com as armas que tem.....mas há armas e armas..."

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4 Comments:

Blogger Gonçalo Mouta said...

Epa no fim o gerente do banco ainda gostou da tactica Honestidade Napalm do nosso herói... LOL Ou não.

Por fim... Agora percebo como não arranjei emprego... Afinal de contas se já é preciso cunha para coveiro...
E eu que tinha ilusões em PLay by the Rules

18 March, 2007 23:04  
Blogger Mil said...

O Manekas no fundo é um tipo ás direitas.. e não o imagino a dizer "passo" a uma "tosta mista"!!

Já "cunha" para coveiro.. ora aí está uma imagem do nosso país! Presumo, apenas presumo, que os "beneficiarios" da prestação de serviço, apesar de serem de poucas falas, não serão do tipo de apresentar queixas, ou pedir o "livro de reclamações"!! É só vantagens!!

21 March, 2007 12:06  
Anonymous Anonymous said...

sempre me ensinaram a dizer a verdade... mas fogo.. podia ter sido mais simpatico com os senhores do banco, afinal de contas eles estavam ali de boa vontade e se ele fosse bonzinho até podia ir para la trabalhar!!!

04 April, 2007 00:36  
Anonymous Anonymous said...

sempre me ensinaram a dizer a verdade... mas fogo.. podia ter sido mais simpatico com os senhores do banco, afinal de contas eles estavam ali de boa vontade e se ele fosse bonzinho até podia ir para la trabalhar!!!

04 April, 2007 00:36  

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