Saturday, October 13, 2007

O Caso da "mesada"!


O BCP perdoou, em 2004, cerca de 15 milhões de euros de créditos ao Grupo V, um conjunto de sociedades de que era sócio Filipe Vasconcelos, filho do então presidente executivo do banco, Jardim Gonçalves. Fonte do banco garantiu ao SOL que não houve qualquer favorecimento familiar e que o caso seguiu os procedimentos que são adoptados na relação com qualquer outro cliente.

Neste quadro, o banco decidiu que, primeiro, fosse encerrada e dada como liquidada uma conta corrente caucionada contra o pagamento de cerca de 900 mil euros e fosse considerada incobrável o crédito restante, no valor de 2,1 milhões de euros. Depois, o BCP declarou incobráveis cerca de 12,7 milhões de euros de créditos concedidos a uma série de empresas do Grupo V, entre as quais a AETV Turismo e Viagens, BW Act Hoteleiras e a VSGC Consultadoria.

O ponto polémico desta decisão é que um dos sócios do Grupo V é Filipe Vasconcelos, filho de Jardim Gonçalves, presidente do banco ao momento da anulação das dívidas, em Dezembro de 2004. Jardim saiu em Março do ano seguinte de presidente executivo e assumiu o cargo de presidente do Conselho Geral e de Supervisão do banco.

A este facto foi acrescentado outro, de ordem legal: desde 2002, a legislação em vigor - o regime geral das instituições de crédito - não permitir empréstimos de administradores executivos a parentes em primeiro grau, entre os quais filhos, ou a uma sociedade directa e indirectamente dominada por alguns desses parentes em primeiro grau.

"Atire a primeira pedra quem nunca errou.. eu uma vez usei a fotocopiadora da empresa do meu pai, para tirar cópias para a escola!!"

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