Toma lá na Fronha...

Segundo a Sic Online um dentista nos Açores para acalmar crianças dava-lhes umas bofetadas (sempre carinhosas) para as acalmar. Entretanto o Governo Regional dos Açores não gostou e pôs o "xoutor" (sempre carinhoso) na rua. Desta vez quem não gostou foi o dentista, recorreu e ganhou. O tribunal ordenou a sua reintegração.

Sinceramente acho bem. Só não concordo com a estalada. Devia ser mesmo com o punho fechado porque já que se faz que fique bem feito. Depois vejamos bem, o que é uma estalada? Um movimento de mão que deixa a bochecha encarnada e que até pode magoar os dedos, que são vitais para o dentista exercer a sua profissão. Um punho cerrado apresenta muitas mais vantagens. Ora vejamos:

1º - Ao cerrar o punho o dentista protege as suas frágeis pontas dos dedos que são vitais para o exercer da sua profissão.
2º - Se o objectivo é acalmar então a estalada faz o oposto, põe a criança em estado de pânico. Um "selo" no meio da fronha do João Maria (nos Açores, Joun Mâriah) punha logo a criança a dormir e lá se iam os obstáculos ao procedimento dentário.
3º - Se, só por mero azar, o "bombomzinho" (sempre carinhoso) na cara da criança partir alguns dentinhos, uma hipótese absolutamente remota, não há problema. Sendo o dentista a aplicar o correctivo, pode logo corrigir os danos "colaterais". A criança ficaria sempre a ganhar porque seriam sempre 2 tratamentos pelo preço de 1. Mais ainda, a "anestesia" estaria sempre incluída no preço.

Por outro lado, acho que faltam mecanismos de aprisionamento de crianças nas cadeiras de dentistas. Dar socos a uma criança que não está quieta deve ser extremamente complicado.
E este ponto leva-me aos pensamentos finais. Acho que faz falta um taser para crianças. É algo onde a comunidade científica em Portugal poderia dar cartas, dado o nosso historial de violência (sempre carinhosa) para com crianças. E se a criança tivesse aparelho, poderia fazer-se pontaria a este e os efeitos visuais seriam certamente espectaculares. E o cabelo? Miúdos com cabelo no ar causado por cargas eléctricas de 5 mil volts é sempre uma imagem querida para este Natal que se aproxima. Muito bem, Senhor Dr. Juiz.

"Nenhum de vós conhece um dentista de braços amputados, pois não?"