Histórias (reais) da minha vida 5

Esta nem sei bem como começar.

Isto passou-se à cerca de 6/7 anos em pleno 2º ano de faculdade.

Estava eu e mais um colega de turma no metro do Cais do Sodré, quando entra na carruagem um outro colega nosso. Para proteger a identidade deste último colega vamos-lhe chamar Internet Boy (IB).

Como o colega IB não prima pelas suas capacidades sociais, eu fiquei a conversar com o outro colega. Entretanto entra no metro uma senhora que se destacava (e muito) pelo seu peso excessivo e também pelo seu vestuário com muito cabedal.

Eu como sou uma alma compreensiva e bondosa, fiz o seguinte comentário: " O tipo que se puser ali debaixo (da senhora, entenda-se) tem que gostar muito de sado-masoquismo".

Agora nasce o problema. Mal eu disse isto, o colega IB repentinamente chega-se perto de mim, agarra-me pelo braço e diz com um ar sorridente: "Epá.... também curtes bondage?".

Eu afastei-me sem fazer movimentos bruscos.

Quais os problemas presentes aqui?

1º a reacção do jovem foi imediata logo não pode ser piada pensada.

2º ter-se aproximado de mim.

3º a palavra-chave da frase é "também", ou seja, implica que o colega IB curte mesmo bondage.

4º imaginar um jovem de 1,70m e 60 kg a fazer bondage é o mesmo que imaginar um lutador de sumo a vestir um tutu para dançar ballet. Existem certas leis da física que não convém quebrar e este quebrar também pode ter interpretação literal.

5º ter dito isto em voz alta num transporte público.

6º Jovem....Qual é a tua? Porquê eu? Bondage é muito mau. Tem correntes, chicotes e cabedais. Faz dói-dói nos tintins. Sexo é prazer, dor é mau. Por isso é que as pessoas tomam analgésicos. Dor é mau.